Betânia Lopes
Fim de uma tarde de domingo. O sol esta a se por, trazendo uma leve neblina,
que de mansinho passa a engrossar transformando-se em chuva, lavando as ruas de
terra de Acrelândia até as transformarem em lama, em pleno caos. Um vento chega
rodopiando entre as casas, fazendo que suas janelas e portas choque-se contra a
parede que logo são fechadas por seus moradores.
Encontrava-me
perto de minha residência, e precisei apertar o passo para tentar
inevitavelmente não me molhar; quer dizer - Chegar em casa menos molhada, pois
já havia tomado um banho de chuva, estava toda ensopada. Ao chegar em casa,
senti algo estranho - Talvez apenas um
pressentimento... Abaixei a cabeça... Ao levantar adivinha com o que me
deparo...? Com o meu vizinho a tirar a roupa!!! É isso mesmo querido leitor... Ele
estava tirando a roupa, tirava cada peça debaixo daquela chuva, até que enfim a
tirou por completo. Minha reação foi de tamanho espanto que ao vê-lo, dei um
grito e comecei a correr com a intenção de tirar as minha também, as quais ele
me ajudou. Tinha que tirá-las do varal, caso contrário molhariam. Essas
chuvas... Chegam sem avisar e nos pegam desprevenidos. Ao tirar a última peça
do varal, a chuva já se fora, indo na mesma intensidade que veio, começando que
mansinho até sair por inteira, deixando um clima abafado no ar, como marca de
sua vinda o inevitável lamaçal.
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