segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O sepulcro da castanheira


           Por Betânia Lopes

Estávamos reunidos naquela tarde para nos despedirmos de nossa tão querida amiga, ela que nos proporcionou tantas alegrias. E agora se tornara um ser sem vida, irreconhecível aos olhos de quem um dia a vira radiante. Proporcionando-nos orgulho apenas com sua presença, seus frutos... Ahh seus frutos... A tão saborosa castanha- do- Pará.
Ao pensar que tudo começou com uma sementinha, que germinou até se formar na mais formosa castanheira. E morrera assim... Sem mais nem menos, só depois descobrimos que estava morrendo aos poucos, apodrecendo-se e gritando por socorro em seus gritos abafados. Até que enfim... Despencou. Chocando-se contra o chão, deixando a poeira fluir no ar.
Um tempo depois desse episodio, andando por aquela região, não me contive em olhar onde um dia estava ‘’A castanheira’’ avistando ali... Um brotinho! Meus olhos se encheram de lágrimas, pois minha amiga se fora, mas deixara um broto de vida, de pura esperança.                    

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