por Betânia Lopes
A manhã começara tão quente que chegaria a assar um frango se
ele fosse posto a mercê dos raios solares. Até os cactos estavam em risco de
morrerem de tão intenso que estava o calor.
Encontrava-me em uma leitura prazerosa, quando foi
interrompido por um ‘’ Ôôô de casa!!’’ Olho para o portão e adivinha com quem
me deparo?? Como o Bobo, aff. Seu nome
de fato é Jon, Bobo é apenas um apelido carinhoso
que adotei quando me refiro a ele.
Um garoto baixo, gordo, com a cara que se assemelha a um cavalo e quando anda
parece uma minhoca dançante. Só ele
mesmo pra ficar a desfilar na rua, naquele sol de rachar. Bem que... A essas
horas, o sol já deveria ter feito um almoço pra ele: cérebro cozido.
Bobo era uma espécie de pessoa que quando pedia aos pais para
que passasse um dia na casa dos amigos, eles lhe empurravam uma mala e pediam
para passar a semana toda. Quando ia a biblioteca, a bibliotecária desmaiava
achando que ele era um monstro que saiu do gibi. Só passava de série na escola
porque a professora dava-lhe nota, pois não suportaria lhe dar aula durante
outro ano letivo.
E agora estava ele ali, no meu portão. Com o cabelo penteado
ao meio, um sorriso suspeito e olhando fixamente em minha direção. Coloco o
livro e os óculos na estante, levanto da poltrona e pergunto-lhe:
- O que deseja Bobo?-
Ele arregalou os olhos e disse:
- Eureca! Encontrei o gênio sem esfregar a lâmpada!
kkkkk. Fico imaginando quem é esse "Bobo"! E quem será a próxima vítima de sua inspiração? kkkkkkkk
ResponderExcluir